Maçonaria e cristianismo: Combina?


Convidamos você a ler abaixo o debate entre o Prof. Paulo Cristiano e o senhor Joaquim Barreto, adepto da maçonaria. O debate teve como tema dois assuntos principais: "Pode um maçon ser cristão?" e "É a maçonaria compatível com o cristianismo?" Esperamos que as respostas dadas a estes e outros questionamentos levantados pelas seitas sirvam para a edificação de todos que procuram em nosso site argumentos para a defesa da fé cristã.

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Joaquim Barreto (Maçon)


Caro Paulo: Afirmo veementemente que MAÇONARIA NÃO É RELIGIÃO, O sr NÃO A CONHECE POR DENTRO, (nem vai conhecer se não entrar) e por não ser religião RESPEITA TODAS AS DEMAIS, inclusive a sua e a minha que sou católico graças a DEUS.

Aliás, por que os evangélicos acham que só seguindo seus preceitos entrarão no reino do CÉU? ALGUMAS ATITUDES de JESUS (não falo aqui da santidade do mesmo, nem suas pregações) LEMBRAM OS IDEAIS MAÇONS.

O G.A.D.U. da maçonaria é DEUS para mim, ALÁ para os muçulmanos etc... Nunca a peste lucífer para ninguém, posso lhe garantir.

A maçonaria não colide com a Bíblia Sagrada, que por sinal é aberta e lida na abertura das reuniões, e permanece aberta até seu encerramento. Em relação à luz e trevas é no sentido figurativo não religioso.

Por puro desconhecimento confundem a mesma com religião ou culto satânico, esqueça meu amigo, se a sua preocupação é essa, ESQUEÇA!

Encero aqui esta discussão, desculpe por interferir (coisa que nem deveria ter feito) é que não aceitei a pecha que o sr. e outros querem atribuir à maçonaria...

É como o sr. encontrar um site tentando confundir as pessoas em relação à sua igreja, clube ou partido que o senhor simpatiza, com injustiça, ignorância e leviandade...

Que o G.A.D.U. TE ILUMINE


Réplica: Prof. Paulo Cristiano


Prezado Joaquim, graça e paz. Muito obrigado por ter retornado seu e-mail para novas considerações.

Primeiramente, não é preciso fazer parte da Maçonaria para conhecê-la. Eu particularmente tenho vários amigos ex-maçons e até mesmo um que já foi Venerável do 32º grau. O testemunho deles para nós juntamente com as literaturas maçônicas é o bastante.

Isto posto, gostaria de comentar sua alegação de que a Maçonaria não é religião, de fato entre alguns maçons já se tornou normal dizer que a "maçonaria não é religião apesar de ser religiosa". Contudo, vamos ver o que diz certa autoridade maçônica:

Albert G. Mackey em sua Enciclopédia Maçonica de Coil nos afirma:

"A Maçonaria pode ser corretamente chamada de Instituição religiosa... A tendência de toda a verdadeira Maçonaria é com a religião.."

O fato de os maçons insistirem na tese de que não é religião não invalida os fatos que podem ser facilmente verificáveis.

Ora, a Maçonaria possui todos os elementos que há em qualquer religião tais como: orações na abertura e no término das cerimônias, templos, consagração da loja, um nome particular de um deus (G.A.D.U), usam o termo "irmãos" como tratamento dentro da loja, cerimônias de enterro, batismo de crianças, juramentos, código de moral próprio, mestres, ceia mística, rituais, liturgia, dogmas, e outros itens essenciais em qualquer religião.

Há muitos grupos religiosos igualmente que negam ser religião, a título de ilustração temos o budismo, espiritismo e outros. É importante para a maçonaria passar a imagem de uma instituição filantrópica, pois aí fica muito mais fácil camuflar sua verdadeira identidade religiosa.

Sem dúvida a maçonaria é uma religião que não tem nada a ver com cristianismo, pois nada que Jesus ensinou ou praticou dá base para a Maçonaria. Só faltava você, agora, querer me convencer que Jesus também era maçon!

Caro amigo, saiba que o Deus pregado por Jesus é totalmente diferente do deus genérico da Maçonaria, aliás, o Deus da Bíblia apresentado por Jesus não tem nada a ver com o Alá dos Muçulmanos. A Bíblia apresenta Deus em Trindade, já para os Muçulmanos este conceito de Deus é blasfêmia. Para um muçulmano é pecado adorar a Jesus como fazem os católicos e evangélicos, para eles é Shirk, isto é, atribuir parceiros ou associados a Alá. O Alá do Alcorão não teve um filho, portanto, Jesus não é filho de Alá.

Caro Joaquim, poderia encher várias páginas deste e-mail falando sobre as diferentes entre o Alá muçulmano e o Deus da Bíblia. O profeta exclama: "Acaso andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" [Amós 3.3]. Como posso sentar à mesma mesa que um muçulmano e chamá-lo de "irmão", sendo que o Deus que ele adora é substancialmente diferente do Deus cristão?

Veja o que diz o apóstolo Paulo nesta questão: "... que parte tem o crente com o incrédulo?" [ II Co. 6.15]. Nenhuma.

O céu onde habita Alá fornece 72 virgens para quem morrer na causa do Islã. Você não acha que esse Deus é totalmente oposto ao Deus da Bíblia que diz que no céu, os salvos não se casam e não se dão em casamentos, mas serão como os anjos de Deus? [Marcos 12.25].

Não amigo, a maçonaria é um self-service religioso que não se enquadra nos ensinamentos da Bíblia. Podem até usar ela em seus rituais, mas isso não significa que ela os apóia. Aliás, a Bíblia na Maçonaria serve apenas como símbolo da vontade de Deus, é por isso que a Maçonaria troca de livro em cada região, aqui no Brasil, EUA, Europa é a Bíblia, já na Índia é o Veda, nos países árabes, o Alcorão e assim por diante. Leia cada um desses livros e você verá que seus ensinamentos colidem uns contra os outros. São opostos. A menos que o deus pregado pela Maçonaria seja um ser contraditório, vocês não podem dizer que seguem os ensinamentos do verdadeiro Deus.

O maçon acredita em qualquer deus a fim de respeitar o seu "irmão" de loja. É uma religião relativista e muito cômoda. Agora, olha o que Cristo disse sobre os líderes religiosos de seu tempo, Ele os chamava de "falsos profetas", “ladrões e salteadores" etc...

Os apóstolos combateram vários erros doutrinários dentro da igreja e as falsas religiões que queriam suplantar o verdadeiro cristianismo. Segundo as regras da Maçonaria, os apóstolos nunca poderiam ser maçons, pois eles eram absolutistas, não toleravam o relativismo. Havia e há uma verdade absoluta e, diga-se de passagem, que não se trata da "verdade dos evangélicos". Não. A verdade é acima de tudo uma pessoa - Jesus [João 14.6].

Um cristão que encontrou Jesus encontrou a luz e já saiu das trevas, não precisa encontrar outra luz dentro da loja.

Um cristão que de fato pratica a Palavra de Deus irá crer com toda a sua alma no verso a seguir, "e que nos tirou do poder das trevas, e nos transportou para o reino do seu Filho amado" [ Colossenses 1.13]

Meu caro maçon, para que vou querer outra luz se já fui tirado das trevas? Que trevas é essa que a Maçonaria pede para eu sair? O cristão saiu ou não das trevas?

Você me disse que essa expressão é simbólica e não religiosa. Então qual o significado deste simbolismo? Ou vocês repetem debalde esse juramento diante do Venerável? Se é debalde, então vocês estão brincando de religião. Seus rituais se tornam patéticos...

Eu não sei de qual grau você é, pelo jeito deve ter se detido até o 3º grau na qual a maioria dos maçons se concentram. Mas é bom saber que no grau Real Arco do Rito de York, o maçon reconhece que o verdadeiro nome de Deus é Jabulon, que até os 3 primeiros graus se chamava G.A.D.U. Neste mesmo grau a Maçonaria une Yavé da Bíblia com divindades pagãs condenadas por essa mesma Bíblia tais como Baal, Osiris, On.

Ora, a Bíblia diz que Deus não tolera outros deuses [Isaías 44.6] e nem seus nomes deveriam ser pronunciados pelo povo de Deus. Quão diferente é o deus da Maçonaria! De fato não é o Deus da Bíblia...

Amigo, meu propósito não é denegrir a Maçonaria como entidade filantrópica ou irmandade, mas como religião merece nossa crítica. E de fato ela é uma religião, mesmo que os maçons neguem esse fato até o fim.

Os ensinamentos relativistas e por vezes pagãos, dos ritos maçônicos, não passam de heresias à luz da doutrina bíblica.Diante disso não podemos deixar as pessoas ficarem enganadas com a falsa luz oferecida pela Maçonaria.


Tréplica :Joaquim Barreto (maçon)

Sugiro que o sr. seja iniciado na maçonaria (caso já não tenha sido expulso, tiver condições para tal* e seja aceito) e descubra por sí só qual o verdadeiro sentido da mesma, em vez de fazer conjecturas ou "caça às bruxas" em comentários infundados por pura ignorância no assunto...

* Para sua informação, a maçonaria só aceita homens livres, de boa reputação (MORAL) sem preconceitos, e Principalmente que acreditem em DEUS, este sim o único dogma da maçonaria (e que sem ele não restará mais nenhuma igreja na face da terra).

Associar maçonaria à MÁFIA, ou KU KLUX KLAN só demonstra sua IGNORÂNCIA em relação à mesma... Tumor maligno e advogados do diabo são algumas "igrejas evangélicas" que só sabem iludir e ROUBAR o pouco que muitos (estes sim) incautos, têm. (por exemplo a UNIVERSAL do sr "bispo" Edir Macedo...)

Ou prometendo curas milagrosas ou sensacionalismos infundados como por exemplo (também) o sr quer veicular neste seu site...

A propósito, o que o sr acha da IGREJA UNIVERSAL do Sr. Edir Macedo? (caso lhe interesse lhe enviarei um vídeo com ele e seus "discípulos" mostrando as técnicas de TOMAR dinheiro dos incautos, para o sr ver a desfaçatez ou se aperfeiçoar mais ainda, caso seja seguidor do mesmo...)Posso lhe garantir que é exigido e obrigação de qualquer maçon, Honra, Honestidade, etc... (Coisas que muitos que se denominam pastores e padres não têm...)

Respeite para ser respeitado!... Deus te ilumine!

Resposta à tréplica: Prof. Paulo Cristiano

Caro Joaquim, graça e paz:

Eu acredito que na maçonaria há pessoas de bem, homens honestos e íntegros. Eu tenho amigos maçons e ex-maçons e posso lhe dar ciência disso.

Não obstante, há na maçonaria pessoas que (como em qualquer segmento religioso) não são, por vezes, tão virtuosas assim. Há pessoas que praticam a corrupção, roubam, mentem etc... Estes de fato, são maus maçons.

Todavia, isso nada tem a ver com a questão em pauta. Estamos tratando da questão do ponto de vista bíblico-teológico. Creio que ficou patente no artigo analisado pelo senhor. Aliás, um artigo despretensioso que tem por objetivo simplesmente alertar os cristãos evangélicos dos perigos da Maçonaria.

Gostaríamos de esclarecer-lhe que religiosidade, caráter e outros predicados são virtudes importantes, mas não suficiente para tornar a Maçonaria algo bom do ponto de vista religioso.

O perigo da Maçonaria se encontra em outro patamar. Apesar de constantemente negarem ser uma religião, na prática a maçonaria de fato possui todas as características de uma religião. Ora, se é religião, há de se supor que ela trate de vários assuntos metafísicos, próprios da religião, tais como: redenção, vida após a morte, Deus etc...

Meu caro Joaquim é justamente aí que se concentra todo o ponto nefrálgico da questão, haja vista o relativismo da Maçonaria colidir frontalmente com a Bíblia Sagrada.

Ora, amigo, Jesus não admite concorrência, Ele é único, exclusivo. Somente Jesus salva, só Ele é o caminho a verdade e a vida [João 14.6].

Um verdadeiro cristão que entregou sua vida a Jesus nunca poderia ser maçon e ser cristão ao mesmo tempo. Vou dizer o porquê disso. Paulo, o apóstolo, disse bem acertadamente, "que harmonia há entre Cristo e Belial? ou que parte tem o crente com o incrédulo?"

Eu não sei em qual grau está no momento e nem a qual rito pertence, mas para ser maçon já no ritual de iniciação é preciso confessar que é um "profano" e que está nas trevas, mas que ao entrar para a Maçonaria receberá a luz.

Assim declara o livro "Aprendiz Maçon" na página 45, o qual está em minhas mãos no momento, "O estado de cegueira em que vós encontrais, é o símbolo das trevas que cercam o mortal que ainda não recebeu a luz que o guiará na estrada da Virtude."

Meu caro Joaquim, como um cristão pode dizer algo assim, ante o fato de ter agora aceitado Jesus que é a luz do mundo?

"Então Jesus tornou a falar-lhes, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue de modo algum andará em trevas, mas terá a luz da vida."

Essa declaração coloca em xeque-mate toda a pretensão da Maçonaria de ser ela a luz do mundo. Convenhamos, de duas, uma: Jesus se equivocou quanto ao que disse, estando portando errado, ou a Maçonaria está equivocada.

O senhor concorda que ambas as declarações são excludentes? Um cristão nunca poderia ficar neutro perante elas. Ou é Jesus ou é a Maçonaria. Ou sigo os preceitos de Cristo, ou da Maçonaria. Não há meio termo.

Jesus deixou bem claro ao dizer que nós somos a luz do mundo, "Vós sois a luz do mundo." Me explique senhor Joaquim, o cristão segundo as palavras de Jesus ainda estaria em trevas? Precisaria diante do “Venerável”, confessar que é cego e está em trevas?

Você diz que o principal requisito para entrar na Maçonaria é crer em Deus "...este sim o único dogma da maçonaria...". Mas pergunto: isso basta? Não. Crer vagamente em um deus não é o bastante. O Deus da Bíblia e Pai de Jesus Cristo deixou bem claro essa questão já no primeiro mandamento que reza: "Não terás outros deuses diante de mim". O que você acha dessa declaração? Por que será que Deus excluiu todos os demais deuses (inclusive o G.A.D.U da Maçonaria) das outras religiões das crenças dos homens? É porque Deus sabe, isto é, o Deus verdadeiro, que há somente um Deus, como Ele mesmo disse: "Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus." [Isaías 44.6].

Amigo maçon, o importante não é adorar qualquer deus, mas o verdadeiro Deus criador de tudo. A filosofia maçônica nessa questão é contraditória, pois o Muçulmano que diz adorar Alá, não crê na Trindade do seu colega cristão. Imagina o maçon judeu, sentando à mesa e compartilhando da mesma filosofia com seu irmão maçon hindu que adora literalmente milhares de outros deuses? Ou o satanista que adora Lúcifer sentando e se confraternizando com o evangélico?

Observe de novo a sentença bíblica: "Que harmonia há entre Cristo e Belial? ou que parte tem o crente com o incrédulo?".

Esse self-service agrada muito bem à filosofia humana, mas não corresponde à verdade. Um verdadeiro cristão que procura seguir fielmente Jesus Cristo e sua palavra nunca poderia ser maçon pelos fatos expostos acima.

Quanto à expressão "advogado do Diabo", o senhor não entendeu o que o autor do artigo quis dizer. Ele não chamou nenhum maçon de diabo, mas que a frase dita no filme "Eu entro nos lugares sem ser notado" reflete bem, o que está por vezes acontecendo em algumas igrejas.

Sobre à ligação da Maçonaria com a KU KLUX KLAN é quanto a relação com um dos fundadores que era maçon, aliás, um dos maiores sumo pontífices da maçonaria, o senhor Albert Pike, cujo livro "Moral e Dogmas" eu tenho em minha biblioteca. O senhor sabia que Pike declara que a origem da maçonaria é puramente pagã?

A respeito da IURD, creio que o senhor não leu o nosso site por inteiro, por isso enviou estas perguntas. Se tivesse a pachorra de continuar lendo saberia que nós não concordamos com as práticas dessa igreja, Aliás, temos dois artigos falando sobre o assunto. Mas justiça seja feita amigo, não é só dentro da IURD que se faz "roubo", se é que posso usar este termo, pois até mesmo dentro da Maçonaria há sim seus "ladrões" como mostra a matéria da revista Época "Crise na maçonaria - Denúncias de desvio de dinheiro e brigas na Justiça expõem a confusão da sociedade secreta no Brasil" (26/12/2002, ed. 241).

Portanto, senhor Joaquim, quem tem telhado de vidro não atira pedras no telhado dos outros...

Isto posto, só tenho a dizer que do ponto de vista bíblico, um cristão, nunca, jamais, poderia ser um maçon sem incorrer em graves contradições. O cristão está para a Maçonaria, assim como a água está para o óleo: não se misturam.Não queira unir o que Deus separou para sempre...

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Paulo é presbitero da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, professor de religiões, vice-presidente do CACP e escritor.

FONTE: Genizah
Fonte da fonte: Ministério Bereia

Unção, de Ousadia, Unção de Conquista, Unção de BICHO! (hã???)

Em 1 João 2.20,27 está escrito: “E vós tendes a unção do Santo e sabeis tudo. E a unção que vós recebestes dele fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis”.

Observe o artigo definido: “a unção”. Isso denota que o crente fiel já possui a única e suficiente unção. Qual? A unção do Santo. Que Santo? O Espírito Santo (Lc 4.18; At 10.38). Essa unção é chamada de verdadeira. Por quê? Porque contrapõe-se à falsa unção, também conhecida como nova unção, a qual, como veremos, recebe várias designações.

A cada dia surgem unções novas no meio evangélico. Em uma famosa canção (cujo conteúdo “profético” parece ter sido tirado de livros de autoajuda) certa “pastora” menciona a unção de ousadia, a de conquista e a de multiplicação. Mas a verdadeira ousadia quem nos dá é o Espírito Santo (At 4.28-31). Ademais, a conquista que prioriza o desenvolvimento do caráter cristão se dá pela operação do Espírito em nós (Gl 5.22; 1 Co 6.19,20), e a real multiplicação ocorre por meio da pregação do evangelho sob o poder do Espírito Santo (At 1.8; Mc 16.15-20). Não precisamos de nova unção, mas da unção do Santo.

Sabe qual é a designação dada a todo e qualquer tipo de aberração que não subsiste ao teste da Palavra de Deus?Unção da “loucura” de Deus. Pregadores (pregadores de quê?) milagreiros, ilusionistas e malabaristas costumam dizer que as suas esquisitices, invencionices e bizarrices ocorrem por causa dessa nova unção. Eles dizem que ela é mencionada na Bíblia, em 1 Coríntios 1.25. Como eles desprezam as Escrituras, ignoram duas coisas. Primeiro, no aludido texto emprega-se linguagem figurada, pois não há loucura nenhuma em Deus! A intenção do escritor sagrado foi demonstrar o quanto estamos distantes da Sabedoria Divina. Segundo, menciona-se, na mesma passagem, e com o mesmo enfoque figurado, a “fraqueza de Deus”. Por que não se prega sobre a unção da fraqueza de Deus?

Há neófitos que propagam e recebem uma nova unção pela qual ficam rindo sem parar, deixando de lado os elementos que verdadeiramente não podem faltar no culto a Deus: salmo, doutrina, revelação, língua e interpretação (1 Co 14.26). Os apreciadores da unção do riso pensam estar dominados pelo Espírito Santo, mas não percebem que estão, a cada dia, mais distantes da Palavra de Deus. Ou seja, por não valorizarem a única e verdadeira unção do Santo, desprezam a espada do Espírito, a Palavra de Deus (Ef 6.17).

Os telenganadores gostam de falar da unção financeira ou do enriquecimento (ilícito, é claro), pois sabem que os telenganados que recebem essa nova unção mandarão cada vez mais dinheiro para os seus telegurus, ajudando-os a manterem a sua coleção de carros importados, aumentarem o seu telemarketing, comprarem jatinhos para se deslocarem rapidamente...

E a unção dos quatro seres? Essa nova unção — que vem sobre as pessoas mediante o toque do shoffar — desvia o crente do culto racional. Falsamente embasada em Apocalipse 4, leva o crente a bater braços como se fosse levantar voo, rugir, mugir, chorar, etc. Também afasta o crente do conhecimento da Palavra de Deus; é, portanto, oposta à unção do Santo (1 Jo 2.20,27).

Ligada à unção dos quatro seres, a unção do leão leva o “ungido” a rugir e andar como leão. Lembra-se de como ficou Nabucodonosor quando foi julgado pelo Senhor? Ficou como um animal quadrúpede (Dn 4). Semelhante a essa nova mas falsa unção está a do lobo, que leva o seu portador a ficar berrando “Auuuuu”. Enquanto crentes latem, rugem, mugem dentro dos templos, pessoas caminham a passos largos para a condenação... A verdadeira e única unção nos impulsiona a sair de quadro paredes e pregar o evangelho (At 1.8; 4.31).

Outra aberração é a unção da lagartixa, que leva o “ungido” a ficar grudado na parede. Alguns neófitos e carnais chegam a maravilhar-se: “Eu creio nessa unção, pois ninguém consegue desgrudar a pessoa da parede”. Eu não duvido de que haja sobrenaturalidade nessa bizarrice, pois ninguém conseguiria ficar grudado numa parece, como se fora o homem-aranha. Mas não é toda e qualquer manifestação sobrenatural que provém do Senhor. Existem sinais e prodígios de mentira (2 Ts 2.9; Dt 13.1-4), os quais desviam o crente da Palavra de Deus (1 Tm 4.1).

Diante do exposto, que não fiquemos grudados nas paredes, mas saiamos além delas, em busca dos perdidos! Que não rujamos dentro dos templos, e sim preguemos o evangelho ao mundo perdido! Que não batamos “asas” ou corramos de braços abertos pelos corredores, mas corramos ao encontro dos pecadores! Que não sejamos interesseiros, “conquistadores de riquezas”, e sim adoradores, amantes da Palavra de Deus! Afinal, nós temos a unção do Santo e sabemos tudo.

Ciro Sanches Zibordi

Artigo extrádo do [BLOG DO CIRO]

Legalismo Mata!




Para Jeílson, pastor de uma igreja muito ativa e crescente, o dia começou como tantos outros. Ao acordar pela manhã, ajoelhou-se ao pé da cama e orou. Logo à mesa do café, começaram as muitas preocupações: notícias da congregação que rejeitava o novo obreiro; problemas com o pedreiro na construção do templo; finanças apertadas. No pequeno alpendre da casa pastoral, mais de uma dezena de irmãos já aguardava aconselhamento. As necessidades eram as mais diversas: ajuda para internar o filho doente; a nova convertida, proibida de participar dos cultos, queria saber como contornar a antipatia do marido; um ancião precisava resolver a situação da aposentadoria... Jeílson enfrentava com certa naturalidade aquele amontoado de dificuldades; seu dia-a-dia já era assim há anos. Ele só não se preparara para a notícia que receberia ainda naquelas primeiras horas do dia. "Miriam, sua filha mais velha", relatou-lhe sua esposa, "cortou o cabelo".

Tudo, menos aquilo. Aturdido, sem acreditar no que lhe acontecera, Jeílson abandonou seus compromissos, deixou todos os irmãos esperando no alpendre e correu enfurecido pelo corredor até chegar ao quarto que ficava nos fundos da estreita casa pastoral. Miriam - constatou ele - aparara de fato as pontas do cabelo. Desde a infância de sua filha, Jeílson jamais permitira que uma tesoura tocasse nas mechas castanhas que agora, aos 18 anos de Miriam, já alcançavam a cintura. Totalmente descontrolado, Jeílson perguntou rispidamente, mas sem esperar resposta: "O que você quer comigo? Está querendo envergonhar-me, acabar com o meu ministério?".

Movido por uma ira descomedida, desafivelou o cinto, dobrou em duas voltas e bateu em Miriam até que os vergões se desenhassem em suas costas e pernas. Envolvido pela mesma ira com que a surrava, desabafou: "Não vou tolerar uma desviada dentro da minha casa. Enquanto você morar aqui, não vou admitir que corte seu cabelo novamente, você está me ouvindo?". Ainda ruborizado e com o coração acelerado, voltou ao alpendre para tratar dos seus assuntos ministeriais.

Duas horas depois, recebeu a notícia mais devastadora de sua vida: Miriam havia derramado álcool sobre todo o corpo e ateado fogo. Jeílson correu mais uma vez, agora desesperado, e encontrou no mesmo quarto sua filha agonizando com queimaduras profundas. Naquele mesmo dia, à tarde, Miriam morreu no ambulatório de um hospital.

Embora os nomes e alguns detalhes da história sejam fictícios, ela é verdadeira. Aconteceu em alguma cidade do Brasil. Pior, ela se repete, claro que sem os mesmos extremos, quase todos os dias em alguma família evangélica brasileira. Retrata exatamente a severidade com que algumas denominações brasileiras encaram o problema dos usos e costumes


A narrativa acima é do livro de Ricardo Gondim, “É Proibido: O que a Bíblia permite e a Igreja proíbe”. Nela, vemos a que ponto o farisaísmo pode arrastar a alma humana. Baseado nesta história, desejo fazer algumas considerações acerca do legalismo:

O Legalismo engana. Muitos pensam que pelo fato de se vestirem de modo diferente e de abrir mão de um copo de cerveja, já comprararm a salvação! O que eles não percebem é que ao atuar assim, eles estão se auto-enganando. Ora, se a salvação é de graça e por meio da fé, então toda tentativa de propiciar a Deus no tocante a salvação é heresia e engano. É claro que o cristão deve procurar se vestir adequadamente, pois a santidade inclui sim nosso corpo, mas pensar que o fato de usar saia comprida ou não cortar o cabelo te faz mas santo que o teu irmão, é burrice. Santidade não é um conjunto de praxes exteriores: é uma vida com Cristo, refletindo ao mundo o seu caráter e atitudes.

O Legalismo cega. Tanto que o pai da moça, ao receber a notícia de que sua filha tinha cortado o cabelo, foi cegado por seu ódio xiita contra tudo aquilo que ele considerava mundanismo. Assim, armando-se de um falso zelo cristão, e ignorando totalmente o mandamento do amor, espancou gravemente a filha. Uma das maiores características do legalista é a ausência de misericórdia no seu coração. Observe o caso da mulher apanhada em adúltério, por exemplo: a turba enfurecida, além de expor a adúltera ao rídículo, arrastando-a pelas ruas da cidade, ainda queriam apedrejá-la até a morte, e tudo com respaldo bíblico! Tenho certeza que Jeílson, ao espancar sua filha, pensava que estava fazendo o correto e que era respaldado pela bíblia. Ele era um homem "da bíblia", e podia citar uma série de versículos em cadeia temática para justificar sua atitude, mas era incapaz de amar, compreender e simplesmente perdoar (ainda que, para fins práticos, sua filha não havia cometido nenhum pecado).

O Legalismo mata. Foi ele quem matou a jovem de 18 anos. Não quero entrar na questão do suicídio, e da salvação ou condenação da menina. Deixo isso aos meus amigos fariseus, que são verdaderos experts em teologia, principalmente no tocante a condenação de todos aqueles que não rezam segundo a sua catilha de usos e costumes estereotipados. O fato é que, no caso narrado, foi o legalismo quem desencadeou a série de eventos que deu origem a morte da jovem. Este é o caminho inevitável do legalismo: ele conduz a morte. Morre o pregador legalista, em seu equivocado senso de auto-justiça, com uma falsa idéia acerca de si mesmo. Morrem também os seus ouvintes, que acabam comprando essa falsa idéia acerca de Deus, sendo levados em multidão a crer no Deus errado.

Quantos jovens que, semelhantes à moça do texto, foram gravemente feridos na alma por causa de pregações legalistas, do tipo toma-lá-da-cá, nas quais a salvação é obtida mediante o esforço do crente, sendo obrigados a vestir-se como o talibã, tendo seus gostos, sua autonomia, personalidade e vontade claramente violadas, tudo por causa do achismo de pastores que se acham infalíves, que creem-se a última bolacha do pacote e a boca de Deus na terra? Há toda uma geração de desviados das igrejas por causa destas coisas. Hoje estão apartados de Cristo, perdidos no mundo, enfim, mortos! E foi a igreja (instituição) que os matou. A arma do crime? Farisaísmo!

Meus amados amigos, em especial os colegas pastores: não estou aqui como o infalível papa, o dono absoluto da verdade. Sei que erro muitas vezes, e em muitas coisas, e não peço subserviência a minha pessoa, nem que acatem incondicionalmente as minhas idéias. Este blog foi construído sob a égide do livre-pensamento iluminado pelo Espírito Santo, de modo que a intenção não é impor nada, e sim sucitar o debate acerca das nossas praxes eclesiásticas. Sei que algumas denominações possuem os tais usos e costumes como parte da sua tradição, mas entendo que, à luz da bíblia, a ênfase exagerada em tais práticas transformando-as em meios da graça é prejudicial e herética. Pastores: vamos repensar a nossa fé! A reforma não é obra acabada. Sempre há algo novo para aprender, refletir e mudar.


Artigo extraído do blog Púlpito Cristão

Como apresentar o Evangelho de forma eficaz?


Encontrei este vídeo no site Evangelismo Bíblico e achei muito interessante, espero que gostem.

Por que tenho certeza absoluta de que a Bíblia não avaliza a dança como forma de louvor a Deus


Ciro Sanches Zibordi

A dança, que começou, em algumas igrejas, como uma coreografia simples, executada ao som de hinos melódicos, ficou mais complexa, até evoluir para apresentações de balé e shows de hip-hop. Hoje, não há mais limites! Já temos o erotizante funk dentro de algumas igrejas, além coreografias quase idênticas (sem exageros) às performances dos dançarinos da Madonna, da Britney Spears e da Beyoncé.
Seria possível um retrocesso? Creio que não, pois os corações estão endurecidos. Mesmo assim, não posso me omitir, deixando de repisar (e reprisar) esse assunto nada simpático, que muitos preferem evitar para não irritar a maioria. Isso mesmo: a maioria. Afinal, se pedirmos a dez cristãos a sua opinião sobre a dança no culto, pelo menos metade se posicionará a favor dela. E a proporção aumentará mais ainda se os dez cristãos forem jovens e adolescentes.
Quando a dança passou a fazer parte da liturgia evangélica? Lembro-me de que, há pouco tempo, não víamos cultos com dança na igreja brasileira. No meu tempo de juventude, um ou outro falava em “dança no Espírito”, mas era um assunto muito controvertido. E a liderança, de maneira geral, não aceitava a dança como parte integrante do culto a Deus. De uns tempos para cá, alguns “revolucionários” descobriram a “América”! Aliás, dois destes “descobridores”, por ironia, estão presos na América do Norte por evasão de divisas.
Como não tem havido combate à secularização (Rm 12.1,2), nossos cultos estão cada vez mais carregados de atrativos para a “galera”. Apesar disso, em 1 Coríntios 14.26-40, vemos que o culto a Deus deve ser ordeiro, decente, tendo como elementos principais: o louvor a Deus (salmo), a exposição da Palavra (doutrina) e a manifestação multifacetada do Espírito Santo (revelação, língua e interpretação).
É triste ver como as superfluidades, as efemeridades, estão ocupando espaço no culto coletivo a Deus. Há algum tempo, os jovens passavam a noite em vigília, orando, estudando a Palavra. Assim acontecia nas décadas de 1980 e 1990. Hoje, os jovens vão para a “balada”, graças ao incentivo de líderes inescrupulosos, sem compromisso com a Palavra de Deus, movidos por outros interesses pessoais. Tais “revolucionários” dizem de boca cheia que são contrários ao legalismo, mas não se aperceberam de que são mundanos e porta-vozes do mundanismo.
O site YouTube contém vídeos e mais vídeos que mostram o que tem ocorrido em igrejas evangélicas lideradas por “revolucionários”. Excesso de louvor (se é que podemos chamar as cantorias intermináveis e as danças de louvor!), bem como números teatrais demorados, que para muitos desses “descobridores” têm o mesmo efeito da Palavra... Que engano! Nada substitui a exposição da sã doutrina! Caso contrário, o Senhor Jesus não teria dedicado boa parte de seu ministério à explanação das Escrituras. E Ele é o nosso modelo (1 Jo 2.6; Mt 11.29), e não pastores de megaigrejas, os quais inovam a cada dia, haja vista sua motivação principal ser a arrecadação de dinheiro (2 Co 2.17; 1 Tm 6.9).
Reafirmo, com inteira convicção (mesmo que eu fique só), que não há base bíblica nenhuma para se introduzir danças no culto, tampouco para chamá-las de ministério, como muitas igrejas estão fazendo. Os
“revolucionários” citam Davi como um praticante da dança no culto a Deus. Mas a própria Palavra do Senhor depõe contra tal subterfúgio. Quem estuda a Bíblia sem preconceito, sabe que o próprio Davi, ao organizar o culto na antiga aliança, juntamente com Asafe, não fez nenhuma menção à dança. Pelo contrário, ele estabeleceu apenas cantores e músicos (1 Cr 25).
Ora, se Deus gosta tanto de dança, por que Davi, um homem segundo o coração de Deus — que inclusive dançou do lado de fora do templo —, não a incluiu na liturgia? Se ele e Asafe tivessem estabelecido dançarinos e coreógrafos, tudo ficaria claro. Não haveria nenhum obstáculo às danças na casa de Deus. Mas quem examina as Escrituras à luz dos contextos histórico, cultural e literário sabe que a dança de Davi foi um ato único, pessoal, fora do Templo, isolado, e não litúrgico, exemplar ou inaugural.
Não só a dança de Davi, mas a de Miriã, também muito citada pelos “revolucionários”, foram atos à parte, fora do culto, patrióticos, pelos quais eles extravasaram a sua alegria. O Senhor não os condenou por suas danças, mas elas também não passaram a fazer, a partir de então, parte do culto coletivo a Deus. E isso explica o fato de não haver no Novo Testamento
nenhum incentivo à dança no culto coletivo, apesar de muitos agirem como se houvesse apoio irrestrito a ela nas páginas sagradas.
Os “revolucionários” não querem saber de Bíblia. Apascentam-se a si mesmos e desviam o povo da verdade. Se eles pudessem, impediriam o povo de estudar as Escrituras. Como não podem fazer isso, a sua estratégia tem sido induzir as pessoas ao erro. Empregam, por exemplo, textos isolados dos Salmos como incentivo a toda prática mundana dentro das igrejas. Mas as duas passagens preferidas deles, os Salmos 149 e 150, não abonam a dança no culto.
Discute-se qual é a significação exata do termo original contido nos mencionados Salmos, o qual pode designar “dança”, “flauta” ou “shofar”. No entanto, deixando essa divergência de lado, digamos que, em Salmos 149.3 e 150.3, esteja escrito mesmo, à luz do hebraico: “Louvai ao SENHOR com dança”. Mesmo assim, os tais versículos não avalizam a dança no culto cristão. Lembremo-nos de que a mensagem da Bíblia se dirige a três povos: judeus, gentios e cristãos (1 Co 10.32). E nem sempre um texto pode ser considerado “universal”, isto é, aplicável aos três povos.
É interessante como os “revolucionários” interpretam a Bíblia segundo os seus interesses. Se fôssemos aplicar a nós, hoje, o que diz o Salmo 149, na íntegra, teríamos de louvar a Deus com danças e uma espada na mão (literalmente), tomando vingança (literalmente) das nações! Alguém dirá: “Que exagero. A espada e a guerra devem ser aplicadas de maneira figurada”. Então, por que a dança deve ser aplicada por nós de modo literal?
Os defensores da dança também se valem de 1 Coríntios 6.20. Mas veja o que diz a Palavra de Deus, em seu contexto: “Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (vv.18-20).
O que é glorificar a Deus no corpo? Significa não pecar contra Deus por meio do corpo! Somos o templo do Espírito, pertencemos ao Senhor, e nosso corpo nunca deve ser profanado por qualquer impureza ou mal, proveniente da imoralidade, nos pensamentos, desejos, atos, imagens, literaturas (2 Tm 2.22; 1 Jo 2.14-17; Sl 101.3). O texto em apreço, por conseguinte, não é uma “carta branca” para dançar ou empregar qualquer expressão corporal para glorificar a Deus.
Sei que muitos seguidores dessa “onda” me veem como um “estragaprazeres”. No entanto, reitero que não há base bíblica para o que chamam hoje de “adoração através da dança” ou “adoração extravagante”. A despeito de ainda haver igrejas mais moderadas e reverentes, a dança nunca foi uma forma de louvor a Deus, e sim uma maneira de se exteriorizar alegria ou agradar uma plateia. Lembra-se da filha de Herodias? Ela dançou para o público e agradou Herodes.
Segundo a Bíblia, Deus é exaltado por meio de cânticos, e não mediante danças (Sl 57.7). O cântico, ao contrário da dança, é atemporal, não restrito a povos e culturas (Cl 3.16; Ef 5.19). Mas os “revolucionários” pensam que o evangelho se submete à cultura dos povos. Que engano! Pensam eles, erroneamente, que o africano tem de tocar tambores na casa de Deus e que o brasileiro tem de sambar diante do Senhor...
É o evangelho de Cristo que influencia e muda hábitos culturais, e não o inverso. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17). Fundamentalmente, não há nenhuma passagem — repito — nas páginas veterotestamentárias e também do Novo Testamento que abone, verdadeiramente, a introdução da dança no culto.
Mas, por que há tanta dificuldade em se entender isso? Por que a maioria prefere que haja danças no culto? Na verdade, os “revolucionários” priorizam a satisfação momentânea das pessoas, e não a vontade Deus. Ah, se nos conscientizássemos de que o culto é para Deus, e não para satisfazer pessoas! Como seria maravilhoso se nos convencêssemos de que a maneira de Deus falar, no culto, não é por meio de danças, coreografias, peças teatrais, e sim pela sua Palavra!

Que Deus abra os olhos desses líderes e ministros de louvor “revolucionários”, os quais se deixam levar pelo secularismo e pelos clamores do povo. Que eles reflitam melhor à luz da Palavra e cumpram a vontade do Senhor (Sl 119.105; Mt 7.21-23). E que façamos valer a oração-modelo deixada pelo Senhor Jesus:
“Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu” (Mt 6.10).
Sei que duro é esse “discurso”... Quantos podem dizer “amém”?

Este Artigo foi extraído do [BLOG DO CIRO]

DANÇAR NO CULTO É PECADO?


A Revista Enfoque Gospel, na edição 84 de Jul/2008, publicou uma matéria intitulada EVANGÉLICOS E A DANÇA: PODE OU NÃO PODE?, onde consta a opinião de pastores, de músicos e de uma coordenadora de Ministério de Danças.
"dançar é: “movimentar o corpo em certo ritmo geralmente seguido de música. Ir de um lado para outro, balançar” (Enfoque)

O fato é que nas igrejas evangélicas (incluindo nas Assembléias de Deus), há pelo menos quatro posicionamentos sobre o assunto:

1. Os que abominam radicalmente a idéia da dança no culto;

2. Os que ficam em cima do muro e chamam de "grupo de gesto" ou "grupo de coreografia" (uma questão de semântica) o que na verdade é grupo de dança (só não enxerga quem não quer). Batem palmas, batem o pé, levantam as mãos, balançam discretamente o corpo, mas não "dançam";

3. Os que entendem que a dança, dependendo do contexto cultural, da sinceridade e da espiritualidade do cristão pode fazer parte do culto (por exemplo nas igrejas Africanas, comunidades indígenas, contextos culturais brasileiros etc), desde que não promova escândalo, visto que espírito, alma e corpo fazem parte da adoração a Deus;

4. Os que liberaram geral e transformaram o culto em balada, baile funk, forró pé de serra, apresentação teatral etc.;

Faço parte do terceiro grupo. Já ouvi e li muitos argumentos aprovando ou reprovando a dança no culto, a grande maioria baseados naquela velha questão: se a Bíblia não reprova então pode, ou ainda, se a Bíblia não aprova então não pode (ambos fundamentados no silêncio da Bíblia sobre o assunto, em especial no Novo Testamento).

Respeito as opiniões contrárias, esta é a minha, e creio que é centrada num entendimento equilibrado dos princípios bíblicos que norteiam a adoração em espírito e em verdade.

"Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade." (Jo 4.23-24)

Este texto foi extraído do Blog do Pr. Altair Germano

Ministérios de dança: pode ou não pode?


Por Leonardo G. Silva - Th.M.


Um dos modismos mais comuns na igreja contemporânea chama-se ministério de dança: grupos de coreografia, com roupa geralmente colorida e movimentos semelhantes ao Tai-Chi Chuan, que sempre garantem a “unção” na hora do culto.

Aqueles que defendem a viabilidade dessa prática geralmente se apoiam em passagens do A.T., como o caso de Miriã (Êx 15.20) e de Davi (2Sm 6.16). O problema aqui é que, no primeiro caso, a dança aparece como um ato patriótico e não como parte da liturgia, e no segundo vemos um fato isolado em toda história vetero-testamentária. Resta-nos apenas o Salmo 150, cuja possível tradução seria “louvai ao Senhor com adufes e danças”, para sustentar o aludido "ministério". Não podemos, porém, ignorar a grande quantidade de eruditos, entre os quais encontra-se o mestre Antônio Gilberto, que afirmam que “adufes e flautas” é a melhor tradução do texto hebraico, fortalecendo a tradicional versão Revista e Corrigida. Como vemos, há duas possíveis traduções e duas tendências, não havendo ainda um argumento conclusivo.

Se não é conclusivo, e se ainda permanece o empasse acerca da dança no salmo 150, porque então não validamos de uma vez as danças na igreja como costume bíblico? O caso é que não se pode fortmular uma doutrina tendo como base um único texto. Uma andorinha só não faz verão... E mais: ainda que o salmo 150, bem como as passagens acerca de Davi e Miriã fossem consideradas como doutrina, a falta de alusão a tal prática no Novo Testamento seria um argumento liquidante.

De tudo o que eu já vi e ouvi dos defensores do ministério de dança, muito me chama a atenção o fato de que, dentro desse novo mover, apenas um pequeno grupo louva a Deus com movimentos corporais. Os demais crentes ficam passivos na hora da coreografia, apenas observando a apresentação dos dançarinos. Isso é no mínimo incoerente, pois, se Deus gosta tanto assim da dança, não seria muito mais óbvio que todos dançássemos? Porque o resto da igreja tem que ficar inerte, apenas observando, enquanto os outros louvam (dançam) à Deus?

Recentemente fui convidado para assistir a um culto em uma igreja onde havia o dito ministério. Não pude deixar de perceber certos movimentos sensuais que chamavam a atenção para o busto e para os quadris das nobres bailarinas. O ministério usava uma blusa branca de Lycra semi-transparente, de modo que era impossível não perceber que algumas delas não estavam usando soutien. Em ritmo de salsa, as moças mesclavam Tai-Chi Chuan com passos caribenhos, saltando e sacolejando os seios rijos (e outros nem tanto, rs) bem diante dos nossos olhos. A solução foi fechar os olhos momentaneamente enquanto esperava que a “ministração” terminasse. Finalmente, o "Pastor de Jovens" tocou o Shofar, anunciando o fim o espetáculo, e eu disse: Graças a Deus!

Devemos ser cautelosos acerca das inovações no culto religioso. Não duvido nem por um instante de que aquelas jovens dançarinas tinham zelo de Deus, mas creio que faltou-lhes entendimento e no fim, o que devia ser um louvor a Deus acabou se tranformando em uma porta para a carnalidade.

Finalmente, depois de tudo o que dissemos aqui, creio que você mesmo pode responder à pergunta que deu origem ao tópico. Não se trata de farisaísmo ou de legalismo, e sim de bom senso! Eu ainda acho que a dança na igreja não edifica em nada, mas se alguém pensa diferente, sinta-se livre para expressar-se por meio de um comentário.

Leia o texto no blog Pulpito Cristão

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