As religiões e as heresias do Catolicismo Romano.


Por Renato Vargens

Uma das principais características da pós-modernidade é a abertura para o sagrado. Isto se percebe nitidamente na multiplicação das religiões. Segundo o Instituto para o Estudo da Religião Americana, a cada ano surgem de 3 a 4 mil novas religiões em todo o mundo. Dessas, de mil a 2 mil não resistem nem um ano. Mesmo assim, estima-se que existam, hoje, algo entre 40 mil e 60 mil religiões. Esse número é ainda mais impressionante quando se analisa que no mundo todo existem apenas cerca de 20 religiões que podem ser consideradas globais, incluindo nesse grupo o próprio Cristianismo, além do Islamismo, Judaísmo, Budismo e Hinduísmo.

No Brasil, isto se percebe principalmente nos mais jovens, até porque, em virtude da enorme crise existencial que marca esta geração, têm procurado por Deus nas mais variadas religiões, dentre estas o Catolicismo Romano que do ponto de vista bíblico é de cunho herético e apóstata. Ora, o Catolicismo ao longo dos séculos tem ensinado através dos seus dogmas, concílios e papas, doutrinas absolutamente antagônicas as Escrituras Sagradas, como a oração pelos mortos; a veneração de santos, anjos e imagens; o sacrifício da missa, a venda das indulgências; o culto a Maria; o purgatório; a doutrina da transubstanciação, os sacramentos e muito mais.

Infelizmente milhares de pessoas no afã de preencheram o vazio da alma, como também obterem respostas quando a quem seja Deus, tem sido envolvidos e ludibriados pelos ensinamentos equivocados das mais variadas religiões.

Certa feita, num dia de verão, por volta das 13 horas, horário de almoço na cidade do Rio de janeiro, fiz algo inusitado. Em plena Rua da Alfândega, centro comercial desta grande metrópole, existe uma igreja católica com mais de 200 anos de história. Atraído pela arquitetura do prédio, adentrei ao templo tomando lugar no último banco da igreja. Imediatamente meus olhos se fixaram nos detalhes artísticos presentes em cada canto do prédio. Entretanto, não demorou muito para que a minha atenção se desviasse da igreja para as pessoas que lá entravam.

Percebi que em meio à efervescência da cidade, além obviamente do calor quase que insuportável, uma enorme multidão de homens e mulheres; brancos e negros; ricos e pobres demonstravam pelo menos uma coisa em comum: Desespero! Para piorar a situação, percebi que os que lá entravam saíam da mesma forma, ou seja, sem consolo ou esperança na alma.

Na ocasião observei lágrimas nos olhares dos jovens, angustia no peito dos mais velhos, inquietude nos homens e desesperança em muitas mulheres. Confesso que ao perceber a realidade daquela gente sofrida, lembrei-me das palavras do Apostolo Paulo: “Como Ouvirão se não há quem pregue?”

Caro leitor, somente Cristo tem a resposta para os dramas e questionamentos humanos. As religiões por mais que queiram jamais poderão preencher o vazio do coração humano. Jesus Cristo é o único caminho para a vida eterna, e somente Ele pôde aplacar a ira de Deus.

"Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus,..."1ª Timóteo 2.5

Solus Christus


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Fonte:
Renato Vargens é pastor da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, conferencista e escritor.
Ví este texto no blog: Genizah

Falando Sobre Homossexualismo

Na verdade o título deste artigo deveria ser "falando novamente sobre homossexualismo", Pois em março de 2009 postei este texto no Despertai Ceifeiro e pude ver algum resultato, o que me deixou bem feliz por ver o propósito alcançado. É lógico que algumas pessoas se sentiram "cutucadas" e me chamaram de um monte de coisas (rs) mas para mim o que vale é saber que ao menos um amigo pôde encontrar o caminho da salvação, cabe a ele trilhá-lo agora.

É um texto simples, pode-se afirmar até que é um chamado à reflexão através da Bíblia. Veja os comentários aqui.


"O tema da atualidade é com certeza o homossexualismo. Não que seja algo que ocorra somente nestes dias, pois mesmo nos tempos bíblicos já havia o homossexualismo, e na história da humanidade existe uma quantidade razoável de pessoas que eram gays, assumidos e não assumidos.

Homossexualismo é doença? Distúrbio mental? Sintoma de uma vida que tem os desejos influenciados por demônios? Não posso afirmar com certeza nenhuma destas perguntas, mas se alguém se questiona: Homossexualismo é pecado? A resposta bíblica inevitável é SIM, É PECADO.

Nenhuma prática que ponha em risco a saúde do ser humano por mero prazer, satisfação, ou "amor" pode ser correta, e mesmo que não fosse causa de doenças, ainda assim seria contraria à natureza e o plano da Deus para todo o ser humano. Homossexualismo é pecado porque a Bíblia diz que é pecado.

Não quero aqui condenar o homossexual, mas afirmo que de acordo com a Palavra de Deus, o homossexualismo tem como salário a morte eterna.

O fato de um indivíduo ser gay não faz dele pior do que ninguém do ponto de vista de que está causando mal somente a si mesmo. Conheço pessoas que são homossexuais e são ótimas pessoas, com qualidades louváveis, mas isto não muda a Palavra de Deus.

Jesus ama o homossexual, e quer salvá-lo, pois ele disse: “O filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido". Não há pecado que o sangue de Jesus não possa limpar, não há culpa que não possa ser apagada quando o Espírito Santo entra no coração do homem fazendo-o nascer de novo.É preciso dizer que esta conduta é errada e chamar as vidas ao arrependimento.

Deus nos dotou da capacidade de escolha. Alguém que é homossexual escolhe o ser, e quando o indivíduo decide deixar de sê-lo, com a ajuda do Espírito Santo, consegue ser liberto.

O conformismo tem levado à perdição muitas vidas. A grande pergunta é: O homossexualismo como opção sexual pode fazer alguém feliz ou trazer resultados que tragam felicidade?

Se você é homossexual e sente que diante de Deus está pecando; se o pecado tem tirado a sua alegria, embora tenha uma bela casca de felicidade; se você tem medo e vazio cada vez que pratica o ato sexual com um indivíduo do mesmo sexo, com certeza você deve procurar a ajuda de Deus e Ele irá te libertar deste laço do inimigo e trazer verdadeira e duradoura felicidade ao seu coração.

A Palavra de Deus diz que o diabo veio para roubar, matar e destruir, mas Jesus veio para dar vida, e vida abundante. Se você é homossexual e se sente realmente feliz, permaneça assim, porém, se reconhece que precisa de ajuda estaremos dispostos a orar por você. Não resista ao Espírito Santo."


Que Deus abençõe a todos
Luis Paulo Silva.

O que você está fazendo com os recursos que Deus te deu?

Por Leonardo Gonçalves

Em Atos dos apóstolos, no capítulo 1 e versículo 8, é dada uma ordem aos crentes de Jerusalém. Vemos a repetição da ordem missionária dada no final do evangelho de Mateus, mas dessa vez associada à vinda do Espírito Santo. A igreja de Jerusalém fora escolhida para levar o evangelho a todo mundo. Esta era uma igreja de muita oração, obra, doutrina, poder, mas era uma igreja caseira. Sem duvida tratava-se de uma igreja com muitos dons, espiritualista, sobrenaturalista, apostólica. Nela congregavam-se os 11 apóstolos do Senhor e Matias, o que fora escolhido para ocupar o lugar de Judas. Porém, foi uma igreja que jamais reconheceu o seu chamado. A igreja de Jerusalém se auto-centralizou; tudo desejava para si. Não vemos esta igreja abrindo congregações. O que vemos é uma igreja que possuía os mais capacitados obreiros, muitos dons, muito poder, mas incapaz de obedecer. Uma igreja poderosa, mas desobediente, pois jamais aceitou o desafio de evangelizar o mundo, e quando saiu, foi impulsionada pela perseguição. Recebeu muito, e fez pouco.

Já no capítulo 13 do livro de Atos, vemos uma igreja muito diferente daquela primeira. Era uma igreja gentílica, localizada na cidade de Antioquia. É interessante notar que o texto não menciona que esta foi uma igreja cheia de dons, obras, poderosa ou influente. Na verdade, segundo os paradigmas atuais, poderíamos classificá-la (aos olhos humanos) como uma igreja racional, teológica, teórica, tradicional. Sua ênfase não estava no poder, mas no ensino. O texto menciona a existência de doutores nesta igreja, entre os quais se encontrava Paulo de Tarso. É claro que a igreja de Antioquia não desprezava a espiritualidade: vemos que eles jejuavam, oravam. Porém, tudo isso era um complemento, e não um fim em si mesmo. Essa não era uma igreja emotiva, e sim uma igreja racional e obediente. Quando o Espírito Santo falou com a igreja acerca de missões, ela obedeceu e enviou dois de seus maiores líderes, Paulo e Barnabé. Essa foi uma igreja missionária, pois ofertou o que tinha de melhor. Foi uma administradora fiel dos bens recebidos.

A igreja de Jerusalém, aquela que tinha os apóstolos, que recebeu o pentecostes antes que todas, aquela que tinha toda a logística necessária para alcançar o mundo, fossilizou-se. Jamais venceu o próprio preconceito geográfico, nem a soberba genética. Apóstolos, dons, poder, muita unção... Tudo desperdiçado! E ao analisar o livro de Atos, o leitor verá que essa igreja é mencionada e logo entra no esquecimento. Só é lembrada por ocasião do Concílio, ou quando foi objeto da caridade gentílica. Não há mais menção dela em Atos, e pouca recordação há nas epístolas paulinas e gerais. Ela desejou ser uma grande igreja, investiu tudo em si mesma, mas caiu no esquecimento.

Com a igreja de Antioquia foi diferente. Ela não tinha a excelência de possuir entre seus obreiros homens que andaram literal e fisicamente com Jesus. Lá não havia um “colégio apostólico”, apenas alguns profetas e estudiosos das Escrituras, entre os quais Paulo e Barnabé. Ela não possuía todos os predicados que eram perceptíveis na igreja de Jerusalém, mas possuía as duas maiores virtudes missionárias: generosidade e obediência. Eles ofertaram o que tinham de melhor, enviando a dupla missionária aos outros gentios. O que a igreja de Jerusalém não fez, Antioquia fez através de Paulo e Barnabé. Aliás, se fizermos uma regressão cronológica, veremos que Paulo foi um pioneiro no continente europeu, de onde vieram os primeiros missionários para as duas Américas (do norte e latina). Portanto, podemos dizer que nós somos fruto da obra missionária de Antioquia!

Jerusalém é um exemplo de uma igreja que desperdiçou muitos recursos, e Antioquia representa aquelas igrejas que são obedientes e fiéis no pouco. Igrejas como Jerusalém, reúnem-se para si, investem apenas em si mesmos, querem construir um legado, mas a própria providencia se encarrega de apagar-lhes a memória. Um dia, todas elas serão esquecidas. Já as igrejas como Antioquia, deixam um legado permanente.


C
oncluo esta meditação com algumas perguntas:

1. O que você tem feito com os muitos recursos, talentos, dons que Deus te deu?

2. Que tipo de crente você parece mais: com os de Jerusalém ou os de Antioquia?

3. Qual dessas duas igrejas se parece mais com a nossa realidade eclesiástica brasileira?

4. É possível reverter este quadro? Como?


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Um resumo da mensagem pregada no culto missionário na igreja Assembléia de Deus em Santa Rita do Sapucaí, no dia 14/06 - domingo.



- Título Original (tema da mensagem): Jerusalém e Antioquia: O perfil de duas igrejas. Uma reflexão sobre a missiologia pentecostal contemporânea.

Texto extraído do blog Púlpito Cristão.

Evangelismo: Vale a pena entregar panfletos?


Alguma vez você já se perguntou qual o resultado da distribuição de folhetos? O relato abaixo, do pastor Dave Smethurst, de Londres, responde a essa pergunta:

“É uma história extraordinária a que eu vou contar. Tudo começou a alguns anos em uma Igreja Batista que se reúne no Palácio de Cristal ao Sul de Londres. Estávamos chegando ao final do culto dominical quando um homem se levantou em uma das últimas fileiras de bancos, ergueu sua mão e perguntou: “Pastor, desculpe-me, mas será que eu poderia dar um rápido testemunho?” Olhei para meu relógio e concordei, dizendo: “Você tem três minutos!” O homem logo começou com sua história:

“Mudei-me para cá há pouco tempo. Eu vivia em Sydney, na Austrália. Há alguns meses estive lá visitando alguns parentes e fui passear na Rua George. Ela se estende do bairro comercial de Sydney até a área residencial chamada Rock. Um homem baixinho, de aparência um pouco estranha, de cabelos brancos, saiu da entrada de uma loja, entregou-me um folheto e perguntou: ‘Desculpe, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje à noite, o senhor irá para o céu?’ – Fiquei perplexo com essas palavras, pois jamais alguém havia me perguntado uma coisa dessas. Agradeci polidamente pelo folheto, mas na viagem de volta para Londres eu me sentia bastante confuso com o episódio. Entrei em contato com um amigo que, graças a Deus, é cristão, e ele me conduziu a Cristo.”

Todos aplaudiram suas palavras e deram-lhe as boas-vindas, pois os batistas gostam de testemunhos desse tipo.

Uma semana depois, voei para Adelaide, no Sul da Austrália. Durante meus três dias de palestras em uma igreja batista local, uma mulher veio se aconselhar comigo. A primeira coisa que fiz foi perguntar sobre sua posição em relação a Jesus Cristo. Ela respondeu:

“Morei em Sydney por algum tempo, e há alguns meses voltei lá para visitar amigos. Estava na rua George fazendo compras quando um homenzinho de aparência curiosa, de cabelos brancos, saiu da entrada de uma loja e veio em minha direção, ofereceu-me um folheto e disse: ‘Desculpe, mas a senhora já é salva? Se morrer hoje, vai para o céu?’ – Essas palavras me deixaram inquieta. De volta a Adelaide, procurei por um pastor de uma igreja que ficava perto de minha casa. Depois de conversarmos, ele me conduziu a Cristo. Assim, posso lhe dizer que agora sou crente”.

Eu estava ficando muito admirado. Duas vezes, no prazo de apenas duas semanas, e em lugares tão distantes, eu ouvira o mesmo testemunho. Viajei para mais uma série de palestras na Mount Pleasant Church em Perth, no Oeste da Austrália. Quando concluí meu trabalho na cidade, um ancião da igreja me convidou para almoçar. Aproveitando a oportunidade, perguntei como ele tinha se tornado cristão. Ele explicou:

“Aos quinze anos vim a esta igreja, mas não tinha um relacionamento real com Jesus. Eu simplesmente participava das atividades, como todo mundo. Devido à minha capacidade para negócios e meu sucesso financeiro, minha influência na igreja foi aumentando. Há três anos fiz uma viagem de negócios a Sydney. Um homem pequeno, de aparência estranha, saiu da entrada de uma loja e me entregou um panfleto religioso – propaganda barata – e me fez a pergunta: ‘Desculpe, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje, o senhor vai para o céu?’ – Tentei explicar-lhe que eu era ancião de uma igreja batista, mas ele nem quis me ouvir. Durante todo o caminho de volta para casa, de Sydney a Perth, eu fervia de raiva. Esperando contar com a simpatia do meu pastor, contei-lhe a estranha história. Mas ele não concordou comigo de forma alguma. Há anos ele vinha me incomodando e dizendo que eu não tinha um relacionamento pessoal com Jesus, e tinha razão. Foi assim que, há três anos, meu pastor me conduziu a Cristo”.

Voei de volta para Londres e logo depois falei na Assembléia Keswick no Lake-District. Lá relatei esses três testemunhos singulares. No final da série de conferências, quatro pastores idosos vieram à frente e contaram que eles também foram salvos, há 25-30 anos atrás, pela mesma pergunta e por um folheto entregue na rua George em Sydney, na Austrália.

Na semana seguinte viajei para uma igreja semelhante à de Keswick e falei a missionários no Caribe. Também lá contei os mesmos testemunhos. No final da minha palestra, três missionários vieram à frente e explicaram que há 15-25 anos atrás eles igualmente haviam sido salvos pela pergunta e pelo folheto do homenzinho da rua George na distante Austrália.

Minha próxima série de palestras me conduziu a Atlanta, na Geórgia (EUA). Fui até lá para falar num encontro de capelães da Marinha. Por três dias fiz palestras a mais de mil capelães de navios. No final, o capelão-mor me convidou para uma refeição. Aproveitando a oportunidade, perguntei como ele havia se tornado cristão.

“Foi um milagre. Eu era marinheiro em um navio de guerra no Pacífico Sul e vivia uma vida desprezível. Fazíamos manobras de treinamento naquela região e renovávamos nossos estoques de suprimentos no porto de Sydney. Ficamos totalmente largados. Em certa ocasião eu estava completamente embriagado e peguei o ônibus errado. Desci na rua George. Ao saltar do ônibus pensei que estava vendo um fantasma quando um homem apareceu na minha frente com um folheto na mão e perguntando: ‘Marinheiro, você está salvo? Se morrer hoje à noite, você vai para o céu?’ – O temor de Deus tomou conta de mim imediatamente . Fiquei sóbrio de repente, corri de volta para o navio e fui procurar o capelão. Ele me levou a Cristo. Com sua orientação, logo comecei a me preparar para o ministério. Hoje tenho a responsabilidade sobre mais de mil capelães da Marinha, que procuram ganhar almas para Cristo”.

Seis meses depois, viajei a uma conferência reunindo mais de cinco mil missionários no Nordeste da Índia. No final, o diretor da missão me levou para comer uma refeição simples em sua humilde e pequena casa. Também perguntei a ele como tinha deixado de ser hindu para tornar-se cristão.

“Cresci numa posição muito privilegiada. Viajei pelo mundo como representante diplomático da Índia. Sou muito feliz pelo perdão dos meus pecados, lavados pelo sangue de Cristo. Ficaria muito envergonhado se descobrissem tudo o que aprontei naquela época. Por um tempo, o serviço diplomático me conduziu a Sydney. Lá fiz algumas compras e estava levando pacotes com brinquedos e roupas para meus filhos. Eu descia a rua George quando um senhor bem-educado, grisalho e baixinho chegou perto de mim, entregou-me um folheto e me fez uma pergunta muito pessoal: ‘Desculpe-me, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje, vai para o céu?’ – Agradeci na hora, mas fiquei remoendo esse assunto dentro de mim. De volta a minha cidade, fui procurar um sacerdote hindu. Ele não conseguiu me ajudar mas me aconselhou a satisfazer a minha curiosidade junto a um missionário na Missão que ficava no fim da rua. Foi um bom conselho, pois nesse dia o missionário me conduziu a Cristo. Larguei o hinduísmo imediatamente e comecei a me preparar para o trabalho missionário. Saí do serviço diplomático e hoje, pela graça de Deus, tenho responsabilidade sobre todos esses missionários, que juntos já conduziram mais de 100.000 pessoas a Cristo”.

Oito meses depois, fui pregar em Sydney. Perguntei ao pastor que me convidara se ele conhecia um homem pequeno, de cabelos brancos, que costumava distribuir folhetos na rua George. Ele confirmou: “Sim, eu o conheço, seu nome é Mr. Genor, mas não creio que ele ainda faça esse trabalho, pois já está bem velho e fraco”. Dois dias depois fomos procurar por ele em sua pequena moradia. Batemos na porta, e um homenzinho pequeno, frágil e muito idoso nos saudou. Mr. Genor pediu que entrássemos e preparou um chá para nós. Ele estava tão debilitado e suas mãos tremiam tanto que continuamente derramava chá no pires. Contei-lhe todos os testemunhos que ouvira a seu respeito nos últimos três anos. As lágrimas começaram a rolar pela sua face, e então ele nos relatou sua história:

“Eu era marinheiro em um navio de guerra australiano. Vivia uma vida condenável. Durante uma crise entrei em colapso. Um dos meus colegas marinheiros, que eu havia incomodado muito, não me deixou sozinho nessa hora e ajudou a me levantar. Conduziu-me a Cristo, e minha vida mudou radicalmente de um dia para o outro. Fiquei tão grato a Deus que prometi dar um testemunho simples de Jesus a pelo menos dez pessoas por dia. Quando Deus restaurou as minhas forças, comecei a colocar meu plano em prática. Muitas vezes ficava doente e não conseguia cumprir minha promessa, mas assim que melhorava recuperava o tempo perdido. Depois que me aposentei, escolhi para meu propósito um lugar na rua George, onde centenas de pessoas cruzavam meu caminho diariamente. Algumas vezes as pessoas rejeitavam minha oferta, mas também havia as que recebiam meus folhetos com educação. Há quarenta anos faço isso, mas até o dia de hoje não tinha ouvido falar de ninguém que tivesse se voltado para Jesus através do meu trabalho”.

Aqui vemos o que é verdadeira dedicação: demonstrar amor e gratidão a Jesus por quarenta anos sem saber de qualquer resultado positivo. Esse homem simples, pequeno e sem dons especiais deu testemunho de sua fé para mais de 150.000 pessoas. Penso que os frutos do trabalho de Mr. Genor que Deus mostrou ao pastor londrino sejam apenas uma fração da ponta do iceberg.
http://arsenaldocrente.blogspot.com
Só Deus sabe quantas pessoas mais foram ganhas para Cristo através desses folhetos e das palavras desse homem. Mr. Genor, que realizou um enorme trabalho nos campos missionários, faleceu duas semanas depois de nossa visita. Você pode imaginar o galardão que o esperava no céu? Duvido que sua foto tenha aparecido alguma vez em alguma revista cristã. Também duvido que alguém tenha visto uma reportagem ilustrada a seu respeito. Ninguém, a não ser um pequeno grupo de batistas de Sydney, conhecia Mr. Genor, mas eu asseguro que no céu seu nome é muito conhecido. O céu conhece Mr. Genor, e podemos imaginar vividamente a maravilhosa recepção que ele teve quando entrou por suas portas.



Extraído de www.worldmissions.com – Redação final: Werner Gitt. Publicado na revista Chamada da Meia-Noite.
ESTE TEXTO FOI PUBLICADO NO BLOG "ARSENAL DO CRENTE"